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Infelizmente a sociedade é marcada por um cruel individualismo, onde cada pessoa é dona de si e não pode expressar suas necessidades. É a época da auto-suficiência (“eu não preciso de ninguém” ou “só preciso de alguns”). Tal atitude é motivada pelo desejo egoísta que o pecado deixou em nós, que nos leva a pensar que não devemos depender de ninguém nem ter responsabilidades por outros. Este é o pecado de Caim (cf. Gn 4, 9).
Nos relacionamentos existe a mentalidade do descartável, onde a pessoa não é amada, mas apenas valorizada por um tempo, enquanto tiver utilidade. É um jogo de interesses, onde não se criam vínculos reais.
A igreja está no mundo justamente para profetizar o contrário. Ela deve ser família (cf. Mt 23, 8; Ef 2, 19), onde um depende do outro, como os órgãos no corpo humano (cf. I Cor 12, 12ss). Os primeiros cristãos praticavam esta comunhão, “vivendo em amor cristão, partindo o pão juntos e fazendo orações” (At 2, 42). Era uma prática diária, natural no cotidiano deles, pois tinham claro dentro de si que foram chamados por Deus para isto e não para fazer outras coisas.
Ninguém ama o que não conhece. Isto é a mais pura verdade. Mas para ‘conhecer’ é preciso dedicar tempo e não se contentar em saber o nome da pessoa ou cumprimentá-la de vez em quando. A comunhão é intencional, deve ser desejada. Comunhão é tomar consciência que preciso mudar meu jeito de ser, sair do isolamento, abrir minha agenda e minha casa para meus amigos e irmãos de comunidade, promover atividades de interação entre nós, visitar com freqüência os outros; é comer juntos, dialogar e estar próximos de verdade como família.
O ministério de comunhão tem objetivo o partir o pão, ou seja, abrir a vida para estar com o outro; levar as pessoas dedicar um tempo semanal de convivência; partilhar os próprios bens; é socorrer nas necessidades e estar perto na hora difícil; é usar o telefone e o e-mail para edificar e também nunca esconder as próprias dificuldades e dores, pedindo ajuda quando preciso.
Esta unidade cristã não cai do céu, mas é conquistada quando a gente se reeduca com novos hábitos: não recusar uma conversa, dar atenção enquanto ouve, acolher sempre com sorriso no rosto, perguntar como o outro está e ouvir a resposta com vontade de se envolver e não apenas dizer é “assim mesmo” ou “Deus te abençoe”. A comunhão é chegar ao ponto de ter os mesmos sentimentos e propósitos, o mesmo modo de agir e ser um grupo forte, onde um confia no outro, onde um expressa com prazer para o outro que precisa dele para ser feliz, sendo de Deus.